ULTRASONOGRAFIA ENDOVAGINAL

Após o advento da sonda endocavitária na ultrassonografia, o útero e seus anexos (ovários, trompas e estruturas adjacentes) passaram a serem avaliados com precisão muito superior do que pela via abdominal, de tal forma que este exame complementar tornou-se instrumento indispensável na avaliação ginecológica.

Mulheres com dor pélvica, hemorragia, irregularidade ou atraso menstrual, toque ginecológico dificultado ou suspeito, corrimento, avaliação endometrial pós-menopausa, entre outros fatores, são indicações de realização de ultrassonografia endovaginal.

Dentre as alterações que podem ser diagnosticadas pelo ultrassom destacamos os miomas, tumores benignos da musculatura uterina que podem ter vários tipos de apresentações e diâmetros, incluindo os miomas intramurais, situados no interior da parede do órgão; os subserosos, situados externamente ao órgão; e os submucosos, que se encontram na ou relacionados à cavidade uterina (endométrio). Podem ser isolados, mas frequentemente são múltiplos e de tamanhos variados, constituindo causa de hemorragia, dor pélvica e infertilidade.

A cavidade uterina pode ainda ser sede de pólipo, hiperplasia ou mesmo câncer, sendo este último mais comum após a menopausa, quando geralmente são solicitadas ultrassonografias endovaginais para medir a espessura do endométrio que deve ter no máximo 5 mm (muitos autores consideram até 4 mm). Acima deste valor o ginecologista ficará atento, seja para exames de controle mais periodicamente, seja para conduta intervencionista.

O útero pode ainda ser sede de adenomiose, alteração que também pode causar hemorragia e dor pélvica e que é diagnosticada pela ultrassonografia endovaginal.

Os ovários podem adquirir variadas anormalidades como o cisto simples, cisto hemorrágico, endometriose, tumores variados, ovários polimicrocísticos, etc. O cisto hemorrágico muitas vezes se traduz pelo sangramento excessivo no folículo que ocorre logo após a ovulação, enquanto o cisto simples é resultante de alteração funcional hormonal fazendo com que o folículo não ovule e aumente de volume transformando-se em cisto. A endometriose e os ovários polimicrocísticos são causas comuns de infertilidade e podem ser tratados se bem diagnosticados.

Quanto aos tumores, a ultrassonografia fornece dados importantes para a diferenciação entre benignidade e malignidade dos mesmos.

A ultrassonografia diagnostica ainda gravidez na trompa, hidrossalpinge (dilatação cística da trompa), abscesso tubo-ovariano, malformações uterinas, abortamento, diagnostica e avalia adequadamente a gestação inicial e atualmente auxilia no diagnóstico da incontinência urinária.

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